Não concordo com a leitura consensual que tem sido feita da demissão de Jardim. Está eivada do mui marxista enviezamento ( o "erro fundamental", como dizia J.P. Leyens) de raciocínio que consiste em valorizar sempre as variáveis situacionais em detrimento das posicionais: há um factor pessoal que reside no facto de Jardim gostar da bagarre política. Primeiro ponto. O segundo ponto é este: julgo que tudo terá sido decidido com Marques Mendes. Como no futebol, ao lado de um médio cerebral deve alinhar um "trinco" trauliteiro com capacidade de marcação. Jardim é o "trinco": até Julho, beneficiando do cenário pré-eleitoral, vai bater forte e feio em Sócrates. Dizendo e fazendo tudo o que o seu colega continental não pode ou não sabe.
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