NEM DE PROPÓSITO: Janeiro foi o mês em que se fizeram mais abortos em Inglaterra, nos últimos 32 anos. Esta é pelo menos a notícia relatada num dos principais jornais diários londrinos, de acordo com a extrapolação dos dados fornecidos pela Marie Stopes, uma organização internacional com sede no Reino Unido que além de lutar por uma melhoria da saúde reprodutiva também procede através das suas várias clínicas à realização de abortos. A saber, 5992 abortos no mês de Janeiro. As razões apontadas são várias. Uns referem que se deveu às consequências da época festiva de Dezembro, acompanhadas em Inglaterra por muito álcool, desinibição e aumento da libido. Outros apontam os cortes orçamentais do NHS, a dificuldade de aceder aos serviços de saúde e uma crescente diminuição do investimento na política preventiva. A verdade, algures! Estes dados podem nem ser correctos, visto que não há dados do NHS nem de outras clínicas privadas. E os dados de um mês não são suficientes para estabelecer uma tendência. Mas de uma coisa podemos estar certos, mesmo após o referendo esta discussão irá continuar...
Não duvides, Tiago. A discussão vai continuar depois do Referendo de 2007 como continuou depois do Referendo de 1998. Só que desta vez, e independentemente do resultado, muitos dos nossos colegas vão ter que discutir, em sede própria, os argumentos "médico-científicos" usados.
Sou relativamente tolerante (ok, assumo, às vezes nem por isso...) e sou, essencialmente, respeitadora da diferença. Gosto de discutir e de discutir medicina, com base em argumentos cintifica e intelectualmente honestos.
Um bj grande para ti a.
Ps: relativamente às "berlaitadas" de Dezembro... das duas uma, ou ainda não estão contabilizadas nestes números, ou o aborto em Londres é, além de legal e seguro pq medicamente assistido, precoce.;)
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