FAZ COMO EU DIGO...: Entre os inúmeros aspectos negativos das trapalhadas dos cursos (?) tirados na Universidade Independente, a pior imagem prende-se com o reforço da mentalidade da "cunha", do facilitismo, do golpe e da esperteza. Bem se pode apregoar a urgente necessidade da aposta na formação como via para o desenvolvimento quando a imagem que é transmitida à população é a oposta. Mais uma vez, o Zé povinho fica legitimamente desconfiado que, com os contactos certos, pode "arranjar-se um canudo". Em Portugal, dá para ir longe. Agora, para competir com outros países...
E se pensarmos nas públicas, onde alguns filhos de lentes entram pela porta do cavalo (quem de Norte a Sul não conhece estas histórias?), são levados ao colo, ficando outros pelo caminho só para cumprir a média de insucesso escolar a que já estamos habituados... com professores mais preocupados em fazer testes de inteligência balizados pelas médias que eles mesmo obtiveram em cadeiras análogas.
Onde estão as sinergias das públicas, a normalização curricular, o excesso de professores convidados, os muitos cursos que não servem a ninguém, a articulação entre a investigação e a indústria, o sucesso escolar?
Seria curioso avaliar todo o sistema de ensino superior pelo sucesso profissional dos alunos. Onde estaria a universidade de Coimbra? E a do Porto? Há excepções, mas não estarão as convicções mais nos espíritos dos lentes instalados do que na economia real?
Seria bom sabermos a visão de cada universidade, os objectivos estratégicos definidos e as metas a alcançar? Qual o modelo de desenvolvimento das universidades públicas?
P.S. Esta observação não tem destinatário; não passa de uma mera reflexão. Eu não tenho dogmas!
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