Dizem que o dr. Santana Lopes se vai candidatar a Lisboa. Espero que sim e espero que ganhe. A Figueira da Foz tem recuperado lentamente ( este ano voltarei lá) e agradecia que não a incomodassem.
Não, do oásis só ficaram os escombros, para que ninguém esqueça! Mas ficou 1 coisa boa: -passadeiras civilizadas pelo imenso areal até à praia... Agora, podem levar-se os carrinhos de bebé à vontade, sem perigo de vida para os ditos... Tarde de mais para mim, os meus não ficaram paraplégicos por mero acaso:):)
Sou meio figueirense: até à emancipação passava lá três meses por ano, depois continuei a lá ir ( sou munícipe) frequentemente. O que ele fez foi miserável, exceptuando as passadeiras.
Miss Pearls:) O nonsense da falta de passadeiras decentes não devia ser mesmo para perceber... Mas que na zona principal da praia (do relógio), lá sobreviveram até SL os pré-históricos e mirrados blocos de cimento em fila dupla desacertada, uns abatidos outros não (a escaldar!) para desembocar naquele mar gelado, isso é a mais pura e incompreensível das verdades! Talvez só perguntando ao Aguiar de Carvalho... (acho que era esse o anterior presidente do PS)... Mesmo assim, qual dissuasão, lá se teimava em ir! Puro masoquismo, partilhado com nuestros hermanos... Por mim, e acho que muitos, uma espécie de relação amor ódio :):) Também lá dei com os costados 3 meses por ano, quando o areal era metade...mas só até o braço de ferro com a tradição sucumbir às quenturas do sul. Só voltei a aficionar-me muito tempo depois, quando a minhas crias apareceram e o pediatra reclamava praia moderada. Para isso, não há melhor! É por isso que me lembro bem do martírio que era a gincana dos ditos carrinhos de bebé. Uma raríssima obra prima de perícia, acertar com as rodas nos devidos sítios! (pequenas irrelevâncias que ficam, mas só para as mãe, claro:))
Por essas e por outras é que (ainda) vou para S MArtinho do Porto. É só atravessar a rua. Não há mar, é verdade, quem conhece aquilo sabe do que falo, mas é um descanso para adulto e criança. Mas quem quer mar vai a praias doces e calminhas como os SAlgados e S Pedro de Moel : ):)
E não foram só as passadeira! O mercado também beneficiou. E o edil deixou saudades...perguntem aos Figueirenses. Eu que só sou banhista de muitos anos), agradeço as melhorias na praia e nas ciclovias.
Meus caros compatriotas, a praia, esse "descoberta" aristocrática que transportou consigo novos usos para um local "vazio" foi na Figueira da Foz,segundo reza a história, descoberta pelos Conimbricenses, de que nos fala Ortigão em meados do século XIX. A invasão de forasteiros em buca do binómio sol-praia-diversão provocou a sua modernização. Entretanto o caminho de ferro em 1882 fez chegar os espanhóis, quedesaparecem com a Guerra Civil depos de 1936. Em termos de hierárquicos de localidades portuguesas a Figueira da Foz, acedeu por via da aposta no turismo balnear à sua "belle époque", como lhe chama Rui Cascão, em finais do século referido, adiantando-se assim num par de anos à outra "belle époque" dos anos 20, A construção do primeiro aldeamento destinado exclusivamente a turistas (o Bairro de Santa Catarina, por volta de 1870), o acesso a meios de transportes urbanos (o ripperts da Cabo Mondego, chars á bancs (vulgo táxis contemporâneos), para além do términus do caminho de ferro da Linha da Beira Alta, a iluminação pública e doméstica, distribuição de água ao domicilio ( com eventuais problemas na época estival, devido ao aumento sazonal da população) mercado de abastecimento de víveres, ruas macadamizadas e já nos anos 40 asfaltadas, a higiene urbana, modernização que a grande maioria das localidades só obterá por volta dos anos 70 do século XX. Quanto ao resto, a construção dos molhes em meados da década de 60, terminou com uma certa Figueira que não voltará jamais. O aumento desmesurado do areal tornou-a num local inóspito. O custo da construção dos molhes é ainda hoje algo problemático, porque nem sequer resolveu o problema da barra figueirense. Esperemos hoje que não destruam o Bairro de Santa Catarina nem modernizem demais a outrora Avenida Oliveira Salazar. Que recuperem o Forte de Santa Catarina e mantenham o seu Farol. Uma estãncia balnear deve preservar o seu "ar do tempo" sem isso fica igual ao Algarve e para isso já nos basta a algarvização. A Figueira da Foz devia ter seguido, como no início os modelos que seguiu nos seus primórdios (Arcachon e Deauville) e hoje seria talvez uma local nostálgico. mas isso teria algum mal?
Peço desculpa pelos erros ortógráficos, mas a escrever de memória e sem possibilidades de ver o texto na sua totalidade torna-se difícil. As minhas sinceras desculpas.
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