"RI DE QUÊ?" Não conhecem este PS, este Governo e este Primeiro-Ministro aqueles que andam a congratular-se com as recentes declarações do Governo sobre a Ota. Aquilo não se chama "recuo", chama-se António Costa, pavor de perder as eleições em Lisboa, estratégia para retirar a Ota da discussão, opção por esconder o assunto. "Recuo" chamar-se-á a atitude do Governo daqui a seis meses sobre o mesmo assunto, quaisquer que sejam os resultados das próximas eleições. Mas vá lá meter-se isto na cabecinha dos que hoje regozijam publicamente...
Estou absolutamente de acordo e escrevi um post nesse sentido. Só quem é muito ingénuo pode pensar que esta manobra resultou de um "mea culpa". As dúvidas sobre a Ota existem há meses e, todavia, este Governo nada tem feito senão enxovalhar os seus críticos.
Naturalmente, tratou-se de um gesto estratégico, tendo em conta as dificuldades presentes e que se avizinham (eleições em Lisboa, presidência da UE), ideal para daqui a uns meses, com as mãos lavadas, e um rosto compassivo, o Governo anunciar a Ota como decisão final e irreversível.
Marques Mendes, credibilizando-se a cada dia para o papel de primeiro-ministro, vai ao Pozeirão e diz: aqui é que fica bem o aeroporto, assim do tipo, esta jarra fica bem nesta mesa; Telmo Correia, em vesperas de ser, e o seu partido, corrido do mapa eleitoral de Lisboa, lança a gesta popular: todos temos que fazer profissão de fé na Portela, assim do tipo, o Tejo é o nosso rio; a nata da moderna e competitiva industria portuguesa, em 3 dias, faz um estudo e, em vez de um aeroporto, descobre petróleo, o Velho Anibal, velho das saudosas forças de bloqueio, quer um debate. Sócrates fez-lhe a vontade. Haja debate. Não sei porque se indigna você, companheiro Vasco.
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