Está para nascer a pessoa que falhe uma carreira e não venha para os jornais queixar-se do sistema: musical, desportivo, político, etc. Deve ser muito difícil aceitar que não se chegou onde quis por culpa própria. Este traço explica-se, talvez, pela falta de vaidade cruzada com um narcisismo de terceira ordem. A vaidade procura, no pouco que se consegue, um motivo de orgulho. Um tipo é gordo e careca mas é rico? Óptimo. Se não existir vaidade estamos sempre dependentes do elogio de terceiros. E aqui a coisa descamba. Um narcisismo de terceira categoria alimenta-se da facilidade com que somos criados. Somos sempre os melhores, e mesmo que a nossa professora entenda que só servimos para assentar tijolos, os paizinhos estão lá para corrigir a docente. Estes paizinhos, por sua vez, são filhos dessa cultura e projectam na prole toneladas de frustrações bolorentas, cuidando resolvê-las através dos petizes. O narcisismo barato é muito frágil e não encontra suporte na justa vaidade por coisas pequenas: estamos destinados a grandes feitos. Quando a realidade chama para jantar, a culpa é dos outros. Inevitavelmente.
Volta e meia até o aprecio, FNV. Mas esse narcicismo e sentimento de culpa oculto, terá a ver com o seu insuportável clubismo? Não leve a mal, mas já tive oportunidade de o observar nesse campo minado das preferências clubísticas, de que não estou isento como sabe, embora a tendência para o melodramatismo, à moda LFV, o persiga a si como uma moléstia pelos exageros descabelados que protagoniza.
Ah ah ah! O Zé Luis tem um blog chamado "portistas de bancada" e anda por aí a chatear-se com o "clubismo" dos outros. Esta gente não tem a mínima noção do ridículo.
Registo esse humor FNV. Quanto à contabilidade das críticas e sua repartição estou de férias escolares... Mas a forma como se pronunciou nalgumas matérias foi de gato fedorento. Só isso (o que não é pouco). E nem sempre há aqui matéria para o luis m. jorge rir...
cá eu não. falhei quase tdo e por culpa própria. mas desconfiava desde pequena, porque nunca perguntei à professora para que tinha jeito, não fosse ela cortar-me as pernas logo por ali.
assim fiz coisas incriveis e fui muito elogiada agora estou encostadita ás boxes ver se não me despedem e cheinha de medito
enfim, só quero mesmo levar a vidita, nada de muito importante e pensar que ainda vivo na Europa,
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