De Gonçalo Cadilhe ( ver artigo de Helena Matos no Público de hoje) é antiga. Diz o jornalista-viajante que o Irão é um óptimo sítio para as mulheres progredirem profissionalmente, porque, ao contrário do que encapotadamente ocorre no Ocidente machista, a segregação dos sexos permite que as mulheres evoluam em carreiras separadas e protegidas. Na África do Sul do apartheid era a mesma coisa: os pretos evoluiam como trolhas, cantoneiros ou mineiros ( com emprego assegurado), enquanto os brancos se esfalfavam em entediantes carreiras académicas, políticas e industriais.
Esta é também a tese das quotas para mulheres ou minorias. O princípio é o mesmo: concorrer em "carreiras", ou seja em circunstâncias separadas. Esse dilema até as sociedades mais evoluidas (algumas nórdicas e mais recentemente os colégios privados exclusivamente para educação de raparigas privilegiadas nos EUA, para que elas progridam sem serem distraidas e/ou assediadas por rapazes) o têm e não o resolveram ainda. Há quem lhe chame a discriminação positiva. O Irão é um país de grande tradição e cultura, e acredito que as carreiras das mulheres progridam mais do que noutros países islâmicos. A questão do Islão e das mulheres é a básica e tem a ver com os direitos e com a igualdade de oportunidades. Tão simples quanto isso. Tudo o resto parece irrelevante.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.