Ao fim de quase dois anos de mandato, o PS vacilava nas sondagens mas Sócrates parecia intocável. Muitos sectores estavam descontentes mas a coisa corria bem. O objectivo foi claramente delineado : desacreditar a figura do PM, porque os portugueses não votam em partidos mas em pessoas. Sócrates colhia a popularidade na imagem de político honesto e decidido, eram essas qualidades que tinham de ser arrasadas. O primeiro passo consistiu no caso do diploma de engenheiro e funcionou bem. Tão bem que já foi arrumado. O segundo foi inventar a "deriva autoritária" ( um sucedâneo do ortodoxo "desvio de direita" comunista). A estratégia foi simples, o resultado evidente: o homem passa a ser um aldrabão prepotente. Tudo isto faz parte do combate político e é perfeitamente legítimo, não sendo necessário que muitos mestres e veteranos destas lutas nos tomem por parvos. Eu não gosto.
Com que então não há deriva autoritária?! Ó FNV, tem a certeza que vive neste mundo? Acho que não. Não me lembro de nada assim (e tenho a memória longuíssima, tanto que às vezes chateia). Nem durante o cavaquismo, que tanto fez de bom e impopular e lá pôs o pé no risco volta e meia. Por favor, não peço que mude de visão política, mas entre numa "real":):)
FVN, lamento mas também não percebo muito bem este seu post.
Então “caso do diploma de engenheiro” não deveria ter importância nenhuma? Nem consequências?
A "deriva autoritária" é uma invenção?
Parece quase a tese, amplamente divulgada, da cabala…
O que não quer dizer que a oposição não tenha aproveitado estas situações e em alguns casos até mesmo exagerado nas reacções, mas bolas, isso é que é suposto a oposição fazer.
Caro rduarte, Não tem nada de lamentar, a discussão está boa. Diga-me lá que consequências teve o episódio do diploma? E com Cavaco, nos últimos anos, não se dizia o mesmo? Lembra-se de Guterres atravessar a rua para ir cumprimentar manifestantes fazendo a diferença para o algarvio? Passado um mês, a polícia de choque galgava os muros de uma fábrica e corria à bastonada os operários, o que valeu ao ministro Alberto Costa uma reprimenda pública da mulher. Conclui o quê? Deriva policial? É evidente que estando este governo a fazer uma "política de direita neo-liberal", a estratégia foi ultrapassá-lo pela esquerda criando o fantasma da perseguição política. Continuo a dizer que é legítimo, não sou é obrigado a engolir. Outros fazem como entender.
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