Pensemos para lá de 2009. Poderíamos pensar em 2013, mas com os nossos chefes de governo nunca se sabe. Para olhar em frente temos de olhar para trás. E o passado, desde o tabu de Cavaco, ensina-nos uma coisa: a oposição em Portugal é obrigada a praticar a caça de espera. Esta modalidade não é muito do agrado do sportsman. Ficar horas empoleirado numa mutala ( ou machan, na Índia), à espera que o leopardo ou o leão apareçam, é pouco leal. A esta modalidade o verdadeiro caçador só recorre quando já é velho, quando o tempo urge ou quando tem convidados pouco experientes. A esta modalidade recorrem com frequência os não-caçadores: funcionários que sonham com um troféu fácil e atiradores furtivos. A estes, o bicho, e muito bem, obriga-os frequentemente a esperas longas e desconfortáveis; às vezes até caem da árvore.
Digo e repito, que isso é mau: a tacanhez e o calculismo estão em alta em Portugal. Quer no Poder, quer na Oposição, quem está está, quem não está que não pense em ir à luta.
Não existe o ir à luta. Exite, como bem disseste, a espera, a passividade.
É por isso que apoio Luís Filipe Menezes: aparece um homem disposto a arrostar com o marasmo em que se transformou a única alternativa a isto em Portugal.
E saltam-lhe em cima ou afastam-se todos. Cambada de Judas!
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.