De quando em quando, regressa o mito do maravilhoso sistema de saúde das ditaduras comunistas. Agora é Cuba , de novo, e por comparação com os EUA. Quando eu era novinho, esse mito era acompanhado de outro, o das barrigas cheias. Quando eu era novinho ( e já algo céptico), intrigava-me que as fronteiras fossem tão vigiadas se o essencial estava assegurado. Zita Seabra, que visitou o comunismo real enquanto comunista dedicada, também ajudou a alimentar esses mitos. Depois, quando já não era tão dedicada assim, descobriu que afinal os hospitais eram miseráveis e as prateleiras estavam vazias. Continua a haver uma coisa maravilhosa no mundo comunista ( que aliás está na sua génese) : a propaganda.
-Posso escrever com algum conhecimento de causa sobre Cuba, país que já visitei por 2 vezes. Verdade que por lá nada falta que comer, numa das minhas últimas refeições, estando num restaurante Italiano que por lá existia, para turista bem se vê, estava a jantar em grupo, serviram-me Carpaccio, seguido de Raviolli, após o que veio uma lagosta finalizando com um bife de lombo. No cabaret Tropicana serviram-me Champagne e ofereceram-me um puro Montecristo nº 5. Em várias discotecas bebi Coca-Cola, esse símbolo do capitalismo que apesar do bloqueio chega lá via México, para turista pois claro. A saúde não experimentei, felizmente, mas calculo que não seja exactamente igual para todos, até porque mercado negro é coisa que por lá não falta.
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