Estás diferente, já não te reconheço. Deixando os trocadilhos psicanalíticos de lado ( re-conhecer), a verdade é que a modificação é um agente político. A mudança no outro pode ser natural ( gelhas, estrias, calvície, desinteresse) ou jacobina: agora vejo as coisas assim, agora o mundo é assim. E desata a fazer novos amigos, muda de emprego, compra roupa nova. A mudança assusta-nos porque o amor é conservador. Não pode ser de outra forma. É uma trabalheira - pior do que escovar um cão - aceitar a mudança. Até porque é uma recusa: se eu gostava do que ele/ela era, por que raio mudou ele/ela? Ou: como raio vou agora gostar disto?
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.