Todas as separações valem o mesmo? Dizem que não. Como comparar a separação de um soldado da sua família com a da mãe que beija o filho antes de ir trabalhar? Podemos. A intensidade da despedida depende da avaliação do risco: quanto maior é este, maior é aquela. A avaliação do risco depende de critérios sensatos. O problema é que a vida não é sensata. Não é invulgar o soldado regressar são e salvo e a mãe ser atropelada na passadeira. Todas as separações são iguais à partida. Quando nos separamos cai a noite para todos: o amanhecer é certo e não sabemos o que nos traz.
Concordo plenamente, mas é um risco viver com o peso de todas as separações por que passamos diariamente. Sempre que falo com determinada pessoa, penso: "Esta pode ser a última coisa que tenho oportunidade de lhe dizer. É melhor não guardar nada". Como é que se pode viver assim?
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