1) Menezes aparece aos portugueses sempre em trânsito, comentando isto ou aquilo. É interessante do ponto de vista das teorias sobre a construção da imagem de um político: o que parece? O ar ligeiramente desprendido transmite a certeza que só aguarda a queda de Sócrates, que as próximas eleições serão uma mera formalidade. É a estratégia da convicção antecipada: familiarizar o povo com a ideia de mudança. Tudo muito certinho, profissional e vazio. Tal como o castor que cortou os próprios testículos para desencorajar os perseguidores que lhos queriam arrancar, Menezes poderá ser vítima da estratégia. Não quer fazer grandes ondas para que o povo não tema a mudança, mas isto é esquecer a cantilena: para melhor está bem, está bem/ para pior já basta asssim. 2) O que diria Paulo Portas se um ministro socialista tivesse fotocopiado ( ou digitalizado, tanto faz) dezenas de milhares de documentos dias antes de sair do ministério? Que a Defesa Nacional não é uma casa de fotocópias, que em política o que parece é, que um ministro não é um estafeta, que um ministério não é um couto privado, etc. E diria bem.
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