A interpretação da Bíblia pode efectivamente tornar-se um instrumento do anticristo, escreve Ratzinger. O Papa refere-se à exegese moderna, científica, na qual o próprio Deus não diz nada. Clemente de Alexandria, há 1800 anos, na Exortação aos Gregos, também avisava os fiéis para fugirem dos demónios como se fugissem de bestas selvagens; embora na altura a tarefa de Clemente fosse a desconstrução dos deuses gregos, existem algumas semelhanças entre as duas missões. Ratzinger pretende evangelizar de novo e não o esconde, Clemente iniciou uma evangelização. Ratzinger tem como adversários, diz ele, o hiper-racionalismo, a fé na ciência e o distanciamento de Deus; Clemente lutava contra os "deuses adúlteros", os estóicos ( "que cobrem a filosofia de vergonha") e os epicuristas ( "afirmam que Deus não se importa com o mundo"). O último livro do Papa - escrito de forma acessível - é de leitura obrigatória para quem quiser antecipar a política do Vaticano para os próximos anos. Vai ser uma luta rua a rua, porta a porta.
em que ruas, em que portas? - em tantas ruas com tantas portas vejo evangelistas tão mais presentes do que os católicos ... [só reparo, que os deuses os abençoem, nada mais]
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