Vive uma espécie de morte letal: quando perdemos a amizade ou o amor de alguém e os anos passam e passam sem que essas coisas voltem. Tem o rigor táctico da morte - não se fala, os cheiros são memórias - e serve um ritmo perdido: houve um tempo em que fazíamos coisas com essas pessoas. Subsiste, no entanto, uma diferença para a morte oficial. O outro - um amigo, uma mãe, um irmão - vive, e isso retira-nos o único consolo que o tempo oferece: a resignação.
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