O futuro é sempre agraciado com o colar da boa fortuna. Imaginamo-nos bem instalados, com netos, ainda activos e em boa forma sexual. Raramente adivinhamos uma casa vazia, a incapacidade para tarefas tão simples como levar uma chávena à boca, ódios acumulados ou uma cabeça dolente. Não valeria a pena viver se soubéssemos que o futuro nos reserva tais desditas, dirão alguns. Pois há quem pense precisamente o contrário. Um beijo numa pele macia ( e caberá ao leitor a escolha da superfície), por trivial que possa parecer, não terá preço quando já não houver pele para beijar. O nosso tempo conta connosco, o futuro conta com os outros.
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