UM POUCO DE BOLA: Dado que o país quase só é falado lá fora pelo que faz no futebol não podemos deixar de felicitar os clubes portugueses pelos feitos que conseguem alcançar. Assisti hoje, apenas pela televisão e via RTP 1, ao jogo entre o Marselha e o Futebol Clube do Porto. E, não obstante os comentadores da estação terem, por uma boa dezena de vezes, criticado a equipa portuguesa por se basear apenas em jogadas individuais ou ímpetos individuais dos jogadores, não posso deixar de felicitar o clube por ter ganho (julgo que pela quadragésima vez nas competições em causa, independentemente de ser fora ou em casa, contabilidade que obviamente já não se faz no Futebol Clube do Porto), por ter ficado à frente no seu grupo e por ter tido as ditas maravilhosas jogadas individuais (descontando ainda uma grande penalidade evidente que não foi marcada e um golo discutivelmente anulado). Infelizmente, por estar a ver essa emotiva disputa na RTP, não pude assistir ao fabuloso jogo "para homens" (li no Público) de que Camacho falava. Não sei ainda o resultado, por não estar a ver as notícias, embora tenha ouvido na mesma RTP que o resultado não tinha comprometido as esperanças do clube na competição, pelo que não deve ter sido desmerecido. Também por não ter visto as imagens não posso negar com a veemência que a acusação ignóbil exigiria o que me disseram por telefone sobre a evidente tentativa de partir a perna do adversário que o jogador expulso manifestava nas imagens. É seguramente falso, não pode certamente ser outra coisa (já bem bastam ao futebol português os "tapas" para nos fazerem parecer mal nas competições futebolísticas). Enfim. O que interessa reter de tudo isto é que o futebol efectivamente defensor das verdadeiras cores de Portugal está uma vez mais de parabéns. Parabéns, então, aos merecedores das felicitações.
"clubes portugueses pelos feitos que conseguem alcançar"? Ó Vasco, não se acanhe, diga qual quais são? Ou qual é? Faz-me lembrar o resumo da RTP: sortes diferentes para os clubes portugueses. Eu diria: o costume...
Tenho que reconhecer que você em parte tem razão. Naturalmente o seu FC Porto, forasteiro e galego -e legítimo representante da Galécia ganhou. Está de parabéns.
Não obstante as nossas duas nações estarem há séculos num mesmo Estado, os Galaicos têm sofrido o centralismo Luso de Lisboa. A RTP mostra-o claramente. Os comentadores quase todos Lisboetas ou ligados a Lisboa ou aos clubes de Lisboa não escondem a sua simpatia pelos seus clubes nacionais e a respectiva frieza e até repulsa tribal pelos estrangeiros Galaicos do Porto - o que é perfeitamente normal. O que não é normal é este centralismo continuar assim a prejudicar a Galaécia.
Regionalização e nacionalidades é o que está a pedir.
"O que interessa reter de tudo isto é que o futebol efectivamente defensor das verdadeiras cores de Portugal está uma vez mais de parabéns. Parabéns, então, aos merecedores das felicitações."
Modestia à parte, navegamos na área da heráldica muitas vezes - e esta escapou-nos. E curiosamente, apesar das cores com que são representadas desde a Alta Idade Média, em um dos primeiros Selos rodados(Circulares) do Reino, aparecem a Vermelho e não a azul - talvez do lacre.
Ou então o Vasco se refira à nação da Galécia, cujo o nome também nasceu no Porto em tempos Romanos e Pré-Romanos e nação Galega da bandeira Azul e Branca que o FCP tão bem representa.
Quantos aos nossos dois clubes nacionais - sul deste país na CL, é melhor não falar.
Caro Zé Luís, tem de entender os "feitos" à medida e de acordo com a capacidade de cada um. Foi por isso que ainda há poucas semanas felicitei o Sporting por ter ganho pela primeira vez fora na Liga dos Campeões.
Caro Templário, essa de considerar o Futebol Clube do Porto como forasteiro revela tudo. Como pode este país andar para a frente quando seis milhões e trezentos mil dos seus habitantes invariavelmente se levantam, todos os dias, deprimidos e derrotados?
Parabéns por ter apanhado a brincadeira monárquica mas essa de ir buscar o vermelho à Alta Idade Média faz-me lembrar as histórias que oiço contar do Benfica na década de sessenta do século passado. Abraços,
Devo-lhe um pedido de Perdão. Não sou mentiroso nem gosto da mentira (hoje chama-lhe "inverdade").
Na verdade foi uma mensagem "criativa" -artística que lhe enviei! uma espécie de desconstrução da mentalidade Provinciana e separatista que vemos em algumas Pessoas do Porto- Não confundir com orgulho e auto-suficiência Regionalista e Bairrista(ou Galaicismo Português justificável etnológicamente) Regionalismos dos quais aliás sou adepto. Coloquei uma teórica visão Lisboeta émola da Portuense para ver se "gostam".
Obviamente que considero o Porto Lusitano e Lusíada tal como Lisboa - e considero ambos Portugueses e a mesma nacionalidade.
Em relação às cores, na verdade referia-me antes ao Azul que data na Alta Idade Média(e possivelmente anterior e presume-se que do Príncipio) nas QUINAS (Século XIV); e ao Vermelho-Carmesim como a Primeira Côr das mesmas QUINAS - das CINCO CHAGAS DE CRISTO dos Selos Rodados do Rei Fundador D. Afonso Henriques(e Rainha) e dos Príncipes(e Rei) seu Filho e Filhas em um dos Documentos - creio que do tempo de D. Sancho I.
Não se esqueça que unido ao Escudo das Quinas e da Ordem de Cristo, uma das primeiras Bandeiras ou Estandarte Pessoal foi o de D. Manuel I, de Vermelho e Branco e da Esfera, Cores Símbolo do Espírito Santo.
Meu caro, não me deve nada. Eu é que lhe devo agradecer os dois cruzamentos "à Quaresma" que me possibilitaram dois golaços que me encheram de satisfação...
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