Quando vou ao mercado municipal, compro queijo fresco de Condeixa entregue à mão e não embalado, saco azeitonas da bilha, dão-me a provar pão cortado à mão nua; os magarefes cortam-me costeletas de novilho de 1kg sem luvas, os figos vêm cheios de larvas apetitosas. Este ano terei vinho caseiro encomendado a quem não lava as vasilhas desde que o Nené deixou de jogar. Tudo à vista como deve ser. Quando vou a um restaurante, não conheço ( salvo raras execpções) quem faz, como debulha, aonde se assoa: tudo escondido como deve ser. A ASAE deve ser implacável com a virtude pública e condescendente com o vício privado.
até tu, Filipe, que cultivas o paradoxo te rendeste ao policitamente correcto contra a asae. começa a enjoar, de facto. certa burguesia urbana do teu calibre, sempre se indignou com os pobres portugueses que cospem no chão ou com a alarviada do homem do taxi que governaria o país sem dificuldade ou sobressalto, no fundo, todos reproduzem agora, altivos, a humilhante expressão de junot de que os portugueses viviam numa alegre estrebaria. a vanguarda da marca "fnv", de genuina qualidade, também cedeu às audiências. não admira, compra vinho "caseiro"
eheheheh, ops, tens toda a razão (desta vez ;) é que a última frase altera tudo, bem me parecia que tu não eras homem de te render ao politicamente correcto. Mantenho, no entanto, o que disse sobre a zurrapa do vinho caseiro
Também não me parece que deixe de comprar o queijo da serra, enchidos caseiros ou vinho, apenas porque "alguém" queira acabar com aquilo que é genuinamente português.
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