Há tempos li uma crónica de uma escritora espanhola, de que não lembro o nome, senhora de perto de 100 anos. Em castelhano era uma delícia. E dizia ela (pena que o não sei escrever na sua língua): alguns dizem-me que a vida é curta, pois a mim parece-me muy longa por todas as coisas que já vivi. Mas dizia-o sem qualquer tipo de amargura, antes pelo contrário.
Permita-me criticar o desajuste da sua analogia/teoria. É que o objecto da 'inspiração' da menina com o nome que segue ao "Eu" não é um mecenas d'arte pop (ou "pop art", não sei...), sendo antes , ainda que porventura com múltiplas ambivalências, um apaixonado e irredutível adepto (coincidência rara nestes tempos de espirito mercenário!); Por outro lado, a carreira do licitador de kits vestido de 'tweeds' é ainda bastante curta e mingua de sucessos para condensar, sinterizar e enquistar um ódio tão persistente e visceral (logo inspirando uma pena tão pródiga, ainda que de limitada qualidade, i.e. borrando por vezes a escrita) da parte de um qualquer assimétrico equivalente da Leonor Pinhão.
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