A vida nunca é demasiado longa, diz Petrarca ao queixoso de uma velhice precoce. É um conselho mais enigmático do que o habitual no teórico do secretum. Se me queixo de não ter dado conta do tempo passar, por que razão ele me diz que a vida é curta? Aceitar as coisas, agradecer ter passado por esta vida, não desperdiçar nada (nem o fim da viagem). É a costela estóica de Petrarca, pouco compatível com o desejo da eterna juventude. Voltamos sempre ao mesmo: o tempo é a unica coisa que possuímos.
Pois, a aceitação, a gratidão e o saber que "no aproveitar é que está o ganho" (económica, ecológica e esteticamente falando, pelo menos!), fariam a ruína dos tais "psis" e da indústria farmacêutica no que respeita a anti-depressivos!
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