Mar Salgado domingo, dezembro 23: ROBERTO DE MESQUITA, SEMPRE:No meio da campina revestidaDe centeios dum tom aveludado,Vê-se uma velha casa enegrecidaQue foi antigamente dum morgado.Como é triste assim negra e decaída,Com ervagens crescendo no telhado!Dir-se-á que no seu todo desoladoChora uma alma de dona empobrecida.Já não crepita o lume no seu lar,Já ninguém vê o seu tecto fumegarÀ hora em que o Sol morre e o sino tange.Não te entristece, ó lavrador que passas,O casarão sem cal e sem vidraçasCom aquele ar viúvo que confrange?...( Almas Cativas, 1931) posted by FNV on 9:23 da tarde # Comments: Enviar um comentário