Desiludam-se os que julgam que ao projecto anti-tabágico corresponde uma tolerância incompreensível face às drogas duras. Quando nas Filipinas ( por coincidência ligadas à história da introdução do tabaco no sudeste asiático) se deu o primeiro passo para a ilegalização do ópio, pela mão do bispo Brent, em 1904, a ideia era a mesma: restrição dos locais do consumo, aumento quase incomportável do preço do ópio devido a ao monopólio do governo ( controlo da importação e comercialização) e progressiva criminalização do hábito, o que se veio a verificar em 1908. Os consumidores de drogas duras não beneficiam de nenhuma complacência: eu, cidadão trabalhador, contribuinte organizado e com registo criminal impecável, se quiser fumar uma chinesa de vez em quando no recato do meu escritório, sou obrigado a pagar um duplo preço: 50 euros ( contra 2/3 euros na zona de produção) e a entrada no mundo crime ( negociar com dealers, iludir a polícia, etc). Bem vindos ao mundo da invasão da privacidade.
* Obrigado a Gonzalo Fernandez de Oviedo y Valdez ( 1478-1557)
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