Não houve "Guerra do Iraque": os EUA depuseram Sadam num ápice e Bagdad, a Nova Estalinegrado, caiu num par de semanas. O que se sucedeu foi a resistência financiada pela Síria e pelo Irão que nem por sombras desejam um espirro de secularização e democracia por aquelas bandas. E também, ao que dizem, erros estratégicos no aftermath da ocupação. Recorde-se que as vozes eram unânimes: os EUA invadiram o Iraque para terem petróleo barato. Viu-se. Quanto à autoridade moral dos americanos para impor regimes democráticos é outra conversa. Qualquer estudante do secundário com conhecimentos mínimos sobre a zona saberá que essa autoridade está acorrentada a uma política pós-colonial dúbia e hipócrita. Mas isso é, de facto, outra conversa: a esquerda europeia mais radical caucionou durante décadas a ocupação do Tibete pela China, porque esta era movida pela boa intenção de desenvolver uma teocracia pobre e atrasada. É melhor deixar a moral em casa.
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