A "vaga de fundo", no futebol, na política ou no condomínio, é uma manifestação do pressuposto messiânico tal como Bion ( um psicanalista inglês) o descreveu. Apresenta , no entanto , uma variação: enquanto o pressuposto messiânico descreve a crença que todo o grupo tem num salvador, a vaga de fundo radica na esperança - redentora - que o salvador deposita no grupo. É mais ou menos como o doente pensar que cura o médico.
Não tendo lido Bion, estudei algo profundamente o "messianismo ibérico", que desemboca cá no sebastianismo, com o Bandarra, a "Paráfrase", o Quinto Império e por aí fora.Coisas com cabimento, nessas épocas históricas,ainda de serôdias cruzadas religiosas. Mas, em plena era cibernética ainda lá regressamos? Que eu até gosto destas cépticas constatações de eterno retorno. Por isso aqui venho às salinas, apesar da hipertensão...
Muito obrigada.Tem razão; era só para ter o gosto de o ouvir , da sua prespectiva, e rir-me, uma vez mais, de certas "fés" muito "evolucionistas", tipo "o homem novo" ou "o despertar político dos povos". Algumas faces do Pessoa e do Agostinho da Silva, lá nos levam, (ao Quinto Império, pelo menos, para o advento do qual, um "salvador" é preciso). E nós entusiasmamo-nos com o "poeta à solta", a fugir da "besta sadia" e do "cadáver adiado que procria".
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