A mãe está cheia de razão e de vontade de mostrar que tem razão. O pai tem-se portado muito mal, dá ouvidos a parceiros gabarolas e inconsequentes. A mãe precisa dos pontos e sabe o que fazer com eles; há quem queira mandar na mãe, mas a mãe tem-se governado bem. O pai não tem remédio e cada vez gosto menos dele. Gasta tudo em artigos paraguaios e está sempre a mudar de carro e de amigos. O pai vive para o brilho, a mãe gosta de brilhar. Gostava que os meus pais fossem amigos.
Filipe, boas notícias! Numa altura em que até o governo português pretende desproteger a parte mais fraca, a mãe enfiou três grandiosos sopapos no pai refastelado no sofá que até lhe saltaram as pantufas. Crianças felizes! O desgraçado do pai está completamente desnorteado (perdeu o norte, o pobre) e, segundo parece, pensa em chamar a polícia outra vez.
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