Escolham uma hora sossegada - ou muito tarde ou muito cedo - e sentem-se no vosso lugar predilecto, na vossa sala de todos os dias. Com os olhos bem abertos e virados para o silêncio, recordem as últimas pessoas que perderam. Tragam para a sala os gestos, os rostos, os cheiros, as vozes. Mais tarde ou mais cedo serão vocês os habitantes dessa reunião mental, o anfitrião alguém que sentirá a vossa falta. Levantem-se da cadeira e ponham água ao lume. Façam café ou chá. Vão trabalhar.
Prefiro fazer chá.Mas ir trabalhar não, antes continuar a "conversar" com o meu Pai,relembrar as tardes às narcejas,para os lados das Fazendas de Almeirim,as noites de "pesca ao candeio" na nossa Santa Cruz,as longas conversas sentados no Alto da Vela,nessa mesma praia,com nortadas de nos encher de iodo até ao Natal...! Um resto de bom Domingo.
A este grupo poderiam acrescentar-se os que sabemos que perderemos brevemente e cujos sentidos surgem já do lado do silêncio. Fazemos já o café e tentamos trabalhar. Cumprimentos. Pedro Gandra
Exacto, Pedro, exacto. E ainda há outra variação, rara mas terrível, que abre o meu livro ( desculpe a propaganda mas na caixa de comentários não fará mal). Você depois poderá ver ( ou não).
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