O sr. Luis Pedro Nunes informa-me que disse no programa Eixo do Mal da SIC-N que Sócrates é o "garoto propaganda" que as empresas portuguesas levam ao estrangeiro e mandam correr no calçadão ( "Ó Zé, corre aí"). Eu tinha escrito "garoto programa". O sr. Nunes acha que foi mais uma "associação errada de ideias" que eu "costumo fazer". De facto, não sei onde estava a minha cabeça: confundir um "garoto programa" com um "garoto propaganda".
Não nutro simpatia nenhuma por esse senhor, mas convenhamos que são coisas bem diferentes. A não ser que o Fernando não saiba o que é que no Brasil significa garota(o) de programa.
"Não acho é que um PM deva preferir ser chamado de rapaz-tabuleta-que corre em vez de semi-prostituto. Acho mais nobre a segunda profissão..."
Os tribunais são capazes de não concordar.
Recordo que o post inicial era uma critica a quem considera (como eu) que em Portugal se limita excessivamente a liberdade de expressão. E aqui o critério tem que ser jurídico, não sentimental: afirmar que o primeiro-ministo é um "garoto propaganda" pode ser vagamente desrespeitoso, mas como exemplo "a contrario" dificilmente justifica a afirmação de que por cá todos podem dizer tudo.
Recordo, em paralelo, que num relatório internacional recente sobre liberdade de imprensa Portugal caiu vários lugares (não tenho os números na cabeça mas posso procurar). Isto não é algo que nos deva passar despercebido ou que se resolva com umas graçolas.
Queremos ter uma democracia a sério ou a brincar? É essa a questão.
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