Coisas recentes, outras muito antigas e outras assim-assim. Comecemos pela novidade:
Making Islam Democratic: Social Movements and the Post-Islamist Turn, de Asef Bayat ( Stanford U.P., Stanford, California,2007). Importante não é saber se o Islão é compatível com a democracia ( e por extensão com a modernidade aqui entendida na sua fase tardia), mas sob que condições é que os muçulmanos podem alcançar esa compatibilidade, diz Bayat. Outra linha interessante do livro é a comparação entre a Revolução Iraniana e o Movimento Islâmico ocorrido no Egipto. Bayat parte do princípio que um contexto religioso e social idêntico em ambos os países deu origem a evoluções muito diferentes.
Por último, uma profecia: "Obstacles to democratic governance in Muslim societys have little to do with religion as such; they are more closely tied to the material and nonmaterial interests of those who hold the power". Bayat escorrega depois na definição dos tais "interesses não-materiais" e isso é assunto para outra conversa...