Baránov distinguia entre naúfragos verdadeiros e naúfragos falsos: os primeiros procuram o Deus vivo, os segundos inclinam-se para os partidos políticos. O problema é a atracção dos intelectuais pela demofilia ( o demoteísmo) ou, como Block o coloca, o da relação entre o povo e a inteligência. Manuela Ferreira Leite não pertence á família de políticos que pretende interpretar o povo e que o bajula para melhor o aldrabar. Assume uma distância que respeita as partes e define uma crueza terapêutica: não propõe um português novo, não promete um Portugal diferente. Provavelmente não derrotará Sócrates, mas pode conseguir fazer uma campanha que recentre o papel do governo: o menor possível, o melhor possível.
Bom dia FNV, Sem os conhecer gostari de saber o que diriam Baranove Block sobre Manuela Ferreira Leite...mas acredito que diriam o que o FNV diz :)). Quanto ao que diz que MFL oderá fazer : " " O goevrno menor possivel e o melhor possivel "...nada indica pelo seu passado que o faça. O "monstro " não começou a crescer com Cavaco ? E não foram os governos de Cavaco que aumentaram brutalmente as regalias do dito "estado Socila " ? E como ministra das finanças, já com Barroso, o governo a que pretenceu teve essas características ? Desculpe-me voltar ao meu comentário sobre o seu 1º post desta série : MFL será uma boa amunense mas como política ainda não provou nada. E, na minha opinião, o que o PSD e nós precismaos é de leaders políticos que "não proponham um português novo" mas que façam política e não contas de merceeiro. Cumprimentos
O Cardozo é um excelente ponta de lança, o melhor de todos quantos passaram e hão de passar pelo glorioso slb. Isto é ditado pelo que joga (ou tem jogado) em campo ? Não, apenas pela apreciação do seu olhar...
Ahahahah, com todo o respeito pelo Mar Salgado e pelo comentador em causa, que obviamente não quero beliscar, não esperava lançar uma gargalhada tão inesperada como quando li essa do «O "monstro " não começou a crescer com Cavaco ? E não foram os governos de Cavaco que aumentaram brutalmente as regalias do dito "estado Social"?» Por favor!! Acredita mesmo nisso? CS foi o primeiro, isso sim, a pôr ordem no monstro! Embora, é verdade, tenha feito questão de vincar o 'lado redentor' do monstro, redireccionando parte do produto dos sacrifícios para as finalidades sociais do Estado (= para nós todos). Quem veio desmantelar todo um trabalho de sapa, coerente e sustentável, foi o homem que se seguiu. Sim, sim, esse Guterres de má memória, que fez multiplicar os institutos, gabinetes de estudo e comissões de que não há rasto produtivo; e que fez ingressar nos quadros da adm. pública todos quantos tinham vínculos precários. Uma autêntica vergonha. A história, felizmente, há-de fazer-se com o que foi, não com aquilo que queríamos que tivesse sido. Ou seja, não se faz com os jornais: faz-ser com documentos, a vivência e o testemunho directo das situações...
Não digo "um português novo", porque isso cheira ao "homem novo" de utopias recessas (não sou contra as utopias e os utópicos, mas actualizam-se!);quer se queira quer não os portugueses novos, são "novos portugueses" (post-anovulatórios, post- descoberta do genoma humano, post-ecografia,post-HIV, post- toxico dependência de opiáceos & C.ª, etc, etc):isto só para falar em questões que cheiram a terapêutica.Claro que são filhos de gente que se criou num regime repressivo,analfabeto, baswado na humilhação dos pobres e na aniquilação dos dissidentes, e"orgulhosamente só", para não recordar mais misérias....como o êxodo "a salto", para França ou para a Alemanha ou as serôdias guerras coloniais.Tudo isto produziu um caldeamento cultural e socioeconómico complexo. E não esquecer que estamos na UE com moeda única e com Chinas, Índias (nesta última, nascem 27 milhões por ano) à perna.
Quem não sabe interpretar e gerir os interesses dissonantes, mas elencáveis, duma nação que se propõe governar,no contexto nacional e internacional, não deve assumir esse posto.
Não duvido que MFL seja uma digna solução para remendar o velho PSD -que eatá deslaçado e só quer o "rebuçado" do Poder, para se reagrupar, qual enxame; para o resto, não me parece elegível.
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