Não adianta esconder até porque existem lá muitos que as estudaram: o partido atravessa uma luta de classes. Marx considerava as classes sociais como dinâmicas, isto é, cada uma apenas existia relativamente à outra: aos seus limites, aos seus poderes, à sua estratégia. Até ao fim do mês veremos uma candidata que corporiza uma ruptura com o partido recente, veremos em acção uma candidata da memória. Por isso conta com o apoio de Cavaco, Marcelo e Balsemão. Enquanto que no PS, ao tempo em que Sócrates ganhou a memória foi de oposição - e por isso Alegre e João Soares não ganharam -, no PSD a memória é a do desperdício do poder ( Santana Lopes) e da irrelevância simbólica ( Menezes via Passos Coelho). "O que constitui uma classe?", perguntava Marx em O Capital ( vol III, edição do FLPH, Mosocovo,1962). A resposta passava sempre por saber por que motivo existiam as três grandes classes ( assalariados, capitalistas e grandes proprietários). MFL existe porque existem os populistas e os sistémicos, a sua candidatura definindo-se por oposição a eles. O resto ( o país) virá depois.
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