Podemos falar da traição. Com ou sem casamento, hetero ou gay, cyborg ou simiesca, ela existe sempre. Menos nos leões. O leão assiste o seu pride e nunca é traído enquanto vive ( já não assiste ao saque do invasor); também nunca trai as sua fêmeas, só acasala com as mulheres do grupo. Um arranjo interessante.
As leoas são livres da esperança que ainda infecta as mulheres obedientes: podia ser que ele mudasse, esperei que ele ficasse mais carinhoso. Tudo em troca do perdão que assegurou a unidade da célula. Um arranjo não menos interessante.
Os poucos homens que perdoam não esperam nada a não ser o segredo e uma imaginação misericordiosa; os leões pagam com a vida.