O programa de troca de seringas não teve aderentes e os guardas prisionais, que tanto o acarinharam, querem fechá-lo. É evidente que sem privacidade é difícil obter adesão a um programa destes, sobretudo numa cultura prisional que conta com a hostilidade aberta e declarada do pessoal das prisões. E numa cadeia não é conveniente incomodar a membrana da célula que faz a comunicação com o exterior. O obscurantismo nesta matéria é tanto que sinceramente já não me importo se o programa avança ou não. A História das Drogas encarrega-se de nos fazer pagar os erros mais tarde ou mais cedo. Vou continuar a seguir as experiências que fazem por esse mundo fora. Na Suiça, esse buraco subsedenvolvido e cripto-relativista, desde 1995 que se testa a distribuição controlada de heroína a drogados veteranos e resistentes ao tratamento. Por exemplo.
Sempre achei curioso que os defensores das "guerras as drogas" e das politicas proibicionistas pareceram alheios ao facto de que nao ha falta de droga dentro das prisoes, ambientes por definicao fechados, vigiados e controlados.Se nao se consegue acabar com a droga dentro das prisoes , querem-nos fazer crer que vale a pena tentar acabar com ela em geral? Gostava de saber se 'e a favor ou contra a liberalizacao.Cumprimentos
em tempos eu, treinador da seleção nacional de juniores e a minha amiga MFL, terceira contable da equipa do professor cavaco silva ficámos para sempre associados ao "homem novo", o menino lembra-se ? (era muito novo ou tem uma memória seletiva, talvez). Foi o doutor cavaco e eu, professor Carlos Queiroz, que criámos e demos dimensão ao "Homem Novo". É por isso que hoje não apreciamos nada disso, despenalização do aborto, familias não convencionais, droga nas prisões, salas de chuto, tudo isso corrompe o "homem novo", o "homem novo" criado por nós.
Caro JV, Tenho ao longo dos anos publicado aqui no blogue várias séries sobre narcoanálise mas nunca discuti esse assunto especificamente. E por uma razão simples: o assunto não pode ser reduzido a essa dicotomia. Por exemplo, o Harrison Narcotic Act (de 1914 nos EUA), que foi na altura entendido como uma medida proibitiva, seria hoje visto como uma política liberalizadora. Mas não fujo: sou a favor de experiências liberalizadoras e da sua avaliação; sou frontalmente contra essa estultícia da war on drugs: nunca vi uma guerra que durasse tanto tempo sem vencidos nem vencedores.
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