A exclusão do PCP da verbena a organizar por Alegre e Louçã inscreve uma lógica presidencial como VPV assinalou há dias. Só que falta explicar a ausência do PCP. À partida poder-se-ia pensar que é um erro. Não é. Alegre não pode aparecer a liderar o ghosti de uma frente comum de esquerda, pelo menos por agora. A exclusão do PCP safa-o de tal colagem ao mesmo tempo que lhe permite ganhar espaço próprio. Bem pensado. Alegre reinventará a Frente Republicana e Socialista de 1978. Será mais à esquerda e ao contrário da original, que contava com o PS todo, a UEDS e a ASDI, incluirá uma parte do PS oficial ( nostálgica do MES) e um Bloco que fará as vezes do grupo de Lopes Cardoso, Pintassilgo e César de Oliveira. O papel da ASDI poderá vir a ser desempenhado por dissidentes mais ou menos explícitos do PS: Roseta, Ana Gomes e alguns soaristas. A FRS obteve 28% dos voto em Outubro de 1980. Alegre só chamará o PCP quando precisar. Bem visto.
Verbena,gostei,lembra um tempo antigo!! Dado o perfil de alguns participantes,teremos também Jogos Florais?? Emílio Mola Vidal,em 18 de Julho de 1936,respondeu "...é tarde,é muito tarde..." a um colega militar que,de Madrid e por telefone,lhe questionava a decisão de rebeldia. Tudo isto me parece tarde,desfocado e bafiento,mas será defeito meu,desconfiado que sou de amanhãs cantantes...
Parece-me um termo justo, embora redutor. O que aquilo vai ser é mais um momento de poesia. Não foi ele que lamentava que à política actual faltava a poesia? Agora, esse emaranhado de interesses e de prebendas já me parecem pouco poéticos. Não terá feito confusão com a falta de moscas? MFerrer http://homem-ao-mar.blogspot.com
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