Há mulheres que enquanto remodelam ou compram casa nova e familiar já pensam em deixar o marido. Tenho deparado com várias e fico sempre a olhar para elas. Extasiado. Como é que coabita naqueles cérebros a ideia de alargar o ninho e a vontade de despachar o providenciador de genes? A resposta é simples: aqueles cérebros são muito mais sofisticados do que os masculinos. Diante de um marido irremediavelmente bronco e sem conserto, elas apostam naquilo que ele lhes pode ( ainda) oferecer: ajuda para melhorar a caverna. Uma vez concluída a obra podem finalmente despachar o taralhouco. A cultura actual - subsistência garantida e sexo sem coacção - recuperou uma velha e paleolítica aspiração feminina: palerma, homens há muitos!
Ou então elas não serão assim tão oportunistas, mas sim grandes antecipadoras. Que remédio, é um dever do ofício de mãe.
Há um estudo que adoraria ver feito acerca da ligação entre os seguintes 2 fenómenos (e já estou a vê-lo absolutamente arrepiado e ofendido no seu espírito científico…): A percentagem enorme de “estoiros” no casamento que procede da mudança do casal para “ a casa das suas vidas”. Imediatamente a seguir, ou pouco depois. A sério: não imagina a quantidade de casos que conheço directamente. E aqueles de que ouço falar. E é a recorrência deste “quadro” que me impressiona. - Coincidência? Quando tudo deveriam ser rosas, o azedume instala-se. As recriminações mútuas pressentem-se de fora. As crianças ou adolescentes rejubilam, os pais demoram a sair do estado carrancudo. Há ali qualquer fissura importante na arquitectura dos 2 que não se percebe de onde vem… E acaba na separação. Muitas vezes, a casa vai no pacote dos bens descartáveis. Mas, claro, nunca surge como causa. Apenas coincidência. Olhamos para a geração anterior e não vislumbramos nada disso: pelo contrário. Alguns de nós até recordarão vagamente “a mudança”, enquanto filhos. Confusão e azáfama. Mas mais nada, para além da felicidade geral. Procuro razões (mas acho pouco). O investimento vultuoso? O embate entre 2 idealizações da casa sonhada e a sua concretização? A confrontação com o definitivo? Fico na minha: isto acontece demasiadas vezes para ser casual:):)
o instinto de homem, macho, também me dá vontade de ter relações ditas sexuais com qualquer senhora que me agrade mesmo que não a conheça. é uma questão de usar a cabeça.
Para paradigma há aquele caso famoso de um certo intelectual que conseguiu a "conveniência" de juntar no mesmo prédio, sem se conhecerem, a legítima e a "outra".E sem sair do Partido temos os casos antológicos de outros "fornecedores de genes": Sá Carneiro e o último líder.Tudo desgraçadas vítimas de infidelidade conjugal.
com certeza, eu também já não tenho. era só para dar um exemplo de como a questão dos instintos(uma grande camuflagem, também) pode dar muito jeito nas situações mais 'incómodas', como diz Medina Carreira "é daqueles argumentos que se usam sem pensar...". não é minha intenção ocupar as suas caixas de comentários com confissões aborrecidas :)
Sem querer parecer cínico, há pelo menos um outro estoiro parecido, que é o que procede do casamento, especialmente do "casamento de sonho". Parzinhos coabitantes durante anos estoiram pouco depois do sacramento. Conheço uma quantidade de casos. Cumprimentos, PG
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