O DN trazia ontem uma peça assinada por Filipa Ambrósia sobre as semelhanças entre o os cérebros dos homossexuais e os dos heterossexuais. Os cérebros dos gays e das lésbicas serão parecidos com os dos heterossexuais femininos e masculinos, respectivamente. Isto é deveras confuso. Se eu for heterossexual até à realização da ressonância magnética, o meu cérebro entrará no grupo respectivo e será semelhante ao de uma lésbica. Mas se no dia seguinte eu me enrolar - inexplicavelmente - com o radiologista, o meu cérebro passou a habitar o corpo de um homossexual mas continuará a ser parecido com o de uma lésbica : quererá isto dizer que afinal eu, o neo-homossexual, também gosto de mulheres?
F., está-se a expor demais, tenha cuidado... Não tarda nada começa a receber convites para exames imagiológicos gratuitos!
Quanto à sua pergunta, ai que mente tão old fashioned a sua! Está mais 'careta' que a jornalista... Primeiro, temos de nos decidir sobre "O DILEMA":- a homossexualidade é uma "opção" ou uma "orientação"? Depois, se o seu putativo desnorteamento se consumasse, isso só quer dizer que seriabi, claro está! Pelos vistos esta é a variante mais moderna, e nada tem de novo, basta remontar à antiga Roma (dizem os entendidos que 'passaram além' da Yourcenar).
Por mim, nestas coisas sou muito pragmática, conservadora, ou o que seja: - não acredito nada na virtude da polivalência (e muito menos na polivalência executada com igual virtude...)
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