Foi de urgência à RTP e nem esteve mal. Sócrates ganhou em 2005 a prometer ilusões e agora vai tentar ganhar a comprar decepções. É um jogo diferente. Os analistas estão certos de que MFL faz Sócrates parecer o polícia bom. Se o bairro estivesse próspero e sossegado talvez funcionasse. Mas o bairro não está de boa saúde e um polícia que diz no pasa nada não é o que as pessoas querem. Os entendidos dizem que MFL faz demagogia porque quer dar um dinheiro que não existe aos pobrezinhos. O dinheiro não existe porque as grandes obras só nos vão onerar quando Sócrates for secretário-geral da ONU ou alto-comissário para a tripassonomíase. É demagogia a mulher dizer ao marido que não é boa ideia fazer um crédito ao consumo, mesmo que o banco congele os primeiros seis anos de mensalidades, quando não há verba para reparar o telhado da casa amanhã? Não me parece e parece-me que aos portugueses também não.
Essa conversa de cordel de que "ele prometeu" é bem digna de telenovela foleira, das mais recessas: "ele prometeu casório, fez-lhe um catraio e...traiu a pobrezinha, seduzida e abandonada". Que a minha nova mulher-a-dias, que é analfabeta, possa verbalizar isso, é compreensível e desculpável. Agora gentinha rodeada de informação e "formação" por todos os lados,não pega.A "ingenuidade" matreira, não leva a nada.
nop... O belo do bichinho, e os seus familiares, na fase proliferativa no hospedeiro, têm o corpo em forma de saca-rolhas (...em homenagem à política retorcida do sr Pinto de Sousa, claro está!) E como em grego, os saca-rolhas têm nomes parecidos com tripas, e os corpos chamam-se soma os padrinhos decidiram chamá-los de trypanosoma. Já vi gente a chumbar a parasitologia por bem menos.
PS: de facto há quem escreva das duas maneiras...neologismos! Daqui pouco haverá egípcios no Egito pelas mesmas razões!
Pegando na sua nomenclatura, não sei se existe a "sonomização da tripa"... A existir, no caso de Sócrates, é capaz de ser um termo adequado...
:-)
Agora a sério. O nosso PM, por muito gasoso que possa ser no conteúdo que transmite, não deve ser subestimado. A sua entrevista-relâmpago à RTP, é prova disso. O mediatismo é para ser levado à sèria, e ele soube muito bem dominar os meios ao seu dispor e o timing certo para o fazer. Não foi Circo, mas sim algo bem profissional o que se viu ontem. Foi contra-argumentação, direi discutível, mas precisa, directa e acutilante ao que MFL apontou. E MFL tem de saber usar estas armas em seu favor, e não tem de ter vergonha disso. Gosto em Lê-lo
Helena
PS: Não quero comparar ninguém com o Obama, o que é, de longe, redundante. Sou apologista da teoria de que se Obama não tivesse ido ao programa da Oprah, ter sido paparicado, mostrado o seu outro lado, de péssimo colaborador doméstico, de pai babado, alvo de queixinhas da parte da companheira porque não lava a louça etc, copincha, enfim, homem-normal; ele não estaria hoje onde está. MFL não tem de ir forçosamente buscar votos só ao centro-esquerda. Pode sempre palmear o terreno dos indecisos e alienados da política. Não é vergonha nenhuma fazê-lo. E mais, tem uma vantagem, Sócrates (segundo vimos na SIC) já demonstrou que mostrar a sua "humanidade" para além das famosas corridas matinais é algo impensável. Uma ida, como convidada, ao programa "Fátima" ou similares, com o devido Bodygarding de F.P. Balsemão, como pessoa normal, sem conotações políticas, economista doméstica ou não, numa clara aproximação não lhe faria mal nenhum, muito pelo contrário, ela até tem perfil para isto. É um mundo cheio de avós, mães, donas de casa, orçamentistas amadoras, e que não votam e não discutem política na taberna da esquina...Há vida ali por explorar. Claro que isto é só um palpite, igualzinho ao do Marcelo Rebelo de Sousa ao referir que Figo seria provávelmente o próximo seleccionador de Portugal... Mas a inspiração veio do seu exemplo do crédito ao consumo...
Concordo com a visão pragmática da Helena. Por muito que me repugne, essa abordagem é a que se coaduna à realidade democrática "1 homem -1voto". Porque os votos valem o mesmo, mas os cidadãos são diferentes. Logo, não há que 'travestir-se' para namorar vários eleitorados, trata-se-á apenas de o candidato se manter absolutamente igual, mas admitir que os foruns idóneos são vários e muito diferentes. Não havendo razão válida para desprezar nenhum.
Acho até mais: não são essas 'concessões' miméticas (desde que geridas com senso) que abandalham a política. São as outras que bem conhecemos de "andar por aí" ...
MFL pode bem aproveitar o facto de ser mulher: somos a maioria e ninguém aproveita esse capital (desde Sá Carneiro, que esse, sim, bem soube emocionar as maduras de então... perante o menosprezo das verduchas de outrora...)
Já muito menos consistente e lamentável é querer parecer frade laico (ou pior ainda, um rassabiado defroqué), ideólogo em res nulla, licenciado em res nullius e outras tristes fraquezas que tais. Gerindo uma "distância mínima de segurança" completamente a salvo da prova de fogo dos 'Fátima', 'tardes de Júlia' e ´Portugal no Coração' deste mundo.
a) para várias parasitoses, como bem sabe, há diversos vermifugos,no mercado.
b) referia-me, com algum humor, a um argumento pacóvio e generalizado sobre o "mentiroso".
c)A sua/vossa MFL, tão autêntica, já começou a piscar o olho à direita mais cavernícola, com as "discriminações" a propósito das uniões de facto.Leia blogues como "Da Literatura" ou "Insónia" por ex.
d) a conjuntura nacional e internacional, exige damas-de-ferro não oxidadas.
e) esbarrei com a sua "Educação" na Bertrand do Centro Comercial Cdade do Porto. Já li metade e tenciono finalizar e dizer algo sobre a leitura de temporalidades, que ele promove.
Caro FNV, Obviamente. Eu é que tive a vã esperança que existisse por aí um link... (O FNV, como tantas vezes refere, é um tipo simples, a mente das mulheres é que é complicada...)
:-)
Peço desculpa, pelo eventual mau gosto da divagação acima indicada. É o stress pré-férias...
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