Na altura em que a SEDES adivinhava o colapso da democracia, em que Pacheco Pereira ouvia dizer no talho que qualquer coisa explosiva ia acontecer, em que o
João Gonçalves fazia eco das preocupações golpistas do general Garcia Leandro, em que uns patuscos achavam que o império ia acabar porque a ASAE não gostava da forma como as bolas-de-berlim eram vendidas nas praias e em que António Barreto dizia não ter a certeza se Sócrates era ou não fascista, escrevi aqui sobre um assunto bem mais prosaico: o empobrecimento da sociedade portuguesa ( quem desconfiar que procure a série " O poder de nomear", algures no arquivo deste blogue) .
Não reconheço à SEDES mais legitimidade do que a qualquer outra opinião publicada em jornal ou em blogue. Estou-me nas tintas para a idade da instituição ou para o nome dos seus sócios. As opiniões valem pelo que valem. E concordo com o Rui Tavares ( RTP-N): estarmos em período pré-eleitoral não é uma desvantagem . A não ser para quem não vai a jogo.
Tem a SEDES o direito de pensar o que quiser, eu continuo a pensar que vivemos um problema de falta de
guito. Claro que a partir daqui muita coisa pode acontecer, por isso me parece estúpido prometer instalar ar condicionado quando se tem a casa a arder.