É o título e o tom da página da Pública assinada por Rita Pimenta. Uma psicóloga - abundantemente publicitada - explica-nos que nunca ouvimos "tens filhos porquê?" por causa "de factores socio-culturais, judaico-cristãos, em que conceitos que remontam à Bíblia estão implícitos no imaginário colectivo". A jornalista do Público, jornal que tanto divulga a primatologia, não se lembrou de perguntar à psicóloga se os bonobos ou os chimpazés também sofrem da influência bíblica. Nunca se sabe. É bem verdade que há muito estafermo e muita estaferma que nunca deviam ter tido filhos, mas isso é uma questão de opinião. O que é assinalável é a ideia de as crianças serem agentes de prazer: gostamos de umas e não de outras, gostamos delas de manhã mas não à noite. Gosto desta ideia. Também gosto da ideia de uma sociedade em que as crianças são um estorvo. Faz todo o sentido porque realmente as crianças atrapalham imenso. É uma sociedade com futuro.
De facto ter filhos não é obrigatório e ainda bem que não é! Afinal ser pai e mãe é na minha opinião uma vocação como outra vocação qualquer, no entanto, uma vocação que exige muito mais diligência e muito mais cuidado. Afinal, um filho (ao contrário do que muitos/as pensam) não é um "animal de estimação" nem tão pouco a solução para os males do mundo! E de facto concordo com o autor do post: é tão bom ser um estorvo com questões ao km, tanto em criança como adulto, atrapalhar quem está por perto (e por longe também). É sempre um sinal de alguns "sopros" de alguma mudança. Como é o ditado (já não sei muito bem de que país...) "uma borboleta bate as asas de um lado do mundo e do outro lado forma-se um fucação". Abençoados furacões criados pelos "bater de asas" das nossas crianças.
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