Da manifestação espontânea. Regressa, de vez em quando, para meu imenso divertimento.
Como é evidente, é impossível que 1.000, 10.000 ou 50.000 almas resolvam , por coincidência, no mesmo dia e na mesma hora, protestar, reclamar, ou reivindicar a mesmíssima coisa. Alguns dos que juraram pelas manifestações espontâneas contra Aznar nas vésperas das eleições estão hoje engasgados, outros estão atarefados. Restam os tumultos.
Se existe um público activo - alunos, professores, operários da Setenave - e um alvo desse público, qualquer tumulto ou protesto terá de ser organizado. Imaginemos o caso das escolas. O Zé resolvia faltar de manhã, a Rita faltava à tarde, o Tonito atirava ovos, a Natacha atirava serpentinas, o Asdrubal imolava-se pelo fogo à noite e a Constança ( que nunca falta à festança) ficava a dormir. Não funcionava, pois não?