V.S. Naipaul, ontem , ao DN, sobre Guantánamo: "Não me ofendeu muito quando aquelas pessoas foram mandadas para Guantánamo (...). Não posso dizer que tenham direitos humanos. Eles lutam como criminosos, sabe?". Hoje, na entrevista concedida ao Público, não aparece nada disto.
Essa é a velha questão que se põe às sociedades ditas civilizadas. Conferir dignidade humana ao julgamento de criaturas monstruosas - estou a lembrar-me do eng. austríaco - que passaram a vida a reger-se por práticas sub-humanas. Afastar-se da Lei de Talião e do "oilho por olho" é o louvável objectivo. Mas, como leiga que sou nas coisas dos Estudos Jurídicos, confesso que me custa a engolir, em Portugal, aquela do arguido ter direito ao silêncio. Isso parece resultar perversamente, dado que esse silêncio é sempre a escapatória para ludibriap o apuramento dos factos cometidos.
Essa e a do "crime continuado" (uma espécie de desconto para algozes empedernidos da mesma vítima) não parecem ser leis defensáveis, conhecendo-se os seus resultados práticos e algo iníquos.
Detestável a nivel pessoal parece que o será ( pelo menos para alguns que o conhecerão ), João Pinto Castro... mas que é um grande escritor lá isso é. Cumprimentos
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