1) Depois de terem caucionado todo o tipo de disparates, os ratos ameaçam abandonar o barco. Os rato são os benfiquistas do croquete ( nos camarotes) e os seu apaniguados do salsichão ( nas bancadas) e os benfiquistas de caneta e microfone ( na TV e nos jornais). Quando foi tempo de protestar ( 4 milhões pelo Meloa vindo Castilla C, 24 milhões gastos por um director desportivo que não arranjou um lateral sequer, etc), de alertar, enfim, de pensar, népias: "grande equipa", "o melhor plantel dos últimos dez anos" e muita outra cera de milho foi expelida pela anilha desta gente.
2) Ao contrário das equipas regionais, que por força de muito trabalho ( no campo e na sala de estar nas vésperas dos jogos) conseguiram ganhar títulos, a nós, no Benfica, não nos preocupa apenas ganhar. O Benfica tem de responder ao anseio das mais de duas de dezenas de milhões de convertidos espalhados pelo mundo: temos de ser sempre enormes e universais. A cultura de derrota desta direcção, que despediu os treinadores ganhadores de andebol e futsal e cobriu de ridículo a equipa de ciclismo, não é a nossa. O Benfica pode ser derrotado mas tem de permancer o farol do quotidiano de guineenses, hondurenhos, minhotos, timorenses, moçambicanos, canadianos, ucranianos recém-nacionalizados, entre muitos outros.
3) O Sobrinho da Tia Lola nunca enganou ninguém ( bastava ter lido a célebre entrevista das "estátuas de pedra"): um moço pouco perspicaz ( para ser bem educado...), inseguro e mal preparado. O problema é que agora o infortúnio dele é a desgraça do Benfica; por isso, pela parte que me toca , vejo-o como um filho. Nem mais um lenço branco na Luz.
A época natalícia que se aproxima abre as mentes de inspiraçao como é o do seu caso! Estes 3 pontos deviam de ser integrados no jornal do glorioso, para servirem de reflexão, para quem gere os destinos deste globalizado clube. O Benfica é um clube do povo e só o povo anónimo (como FNV), transpira benfiquismo. É por isso que o Pai Natal é vermelho e é referencia do povo!
Discordo em absoluto com a sua perspectiva, Filipe. Quique Flores pôs a equipa em primeiro lugar no campeonato, fez ajustamentos em alturas que não o devia fazer, o que trouxe maus resultados em jogos importantes. Mas, acima de tudo é um treinador que pega numa equipa sem brilho algum e com uma série de ajustes põe-na a jogar um futebol mais lógico, embora por vezes pouco criativo, ou impulsivo. Tem um problema que julgo que já todos vimos: nem Yebda é jogador para pegar na bola e seguir jogo, por total inaptidão para tal função, nem Katsouranis é jogador para jogar atrás. De resto, parece-me que a equipa vai crescendo, precisando apenas de ser mais corajosa e intuitiva.
O Yebda, esse Tigana branco... Julgo que não discordamos assim tanto, caro Jorge. Os defeitos de construção custaram-nos já uma humilhação em Atenas e duas derrotas uefeiras em casa. Já aqui disse que ainda é possivel fazer alguma coisa desta equipa e terá de ser Quique, isso é óbvio. Agora, "alguma coisa" não é muita coisa...
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