Dizem que é natural, compreensível e desculpável que os Ministros queiram deixar obra feita e que, para isso, aprovem apressadamente determinado tipo de coisas no termo do exercício das suas funções.
Eu percebo que um Ministro queira deixar obra para mostrar a sua passagem por um Ministério. E admito até que na ânsia de deixar obra à vista um Ministro aprove projectos à pressa, atenta a franca possibilidade do seu Governo vir a ser corrido.
O que não consigo compreender é que a grande obra a deixar (nestas condições) por um Ministro do Ambiente seja um centro comercial, o maior outlet da Europa.
Imperdível esta "série Freeport VLX" pela maneira como aponta candidamente :)) o dedo às evidências escondidas. É caso para dizer (candidamente também) "As obras falam, as palavras calam"...
As últimas que correm pelas altas paragens da política: - este caso é um perfeito "role playing", isto é, tudo está monitorizado pelo PM ao pormenor. Objectivo: eleições antecipadas. Entretanto, a tempo das urnas, sairá o que ele já sabe: -o veridicto de que está de mãos limpas. Vitimização/eleição garantida.
Isso não é verdade. Sócrates foi o Ministro do Ambiente que, por exemplo, acabou com a vergonha das lixeiras a céu aberto em Portugal. Isso é uma obra bem maior que qualquer centro comercial. Que não se goste do homem é uma coisa, que se usem mentiras para o deitar abaixo já é bem mais grave...
Não são mentiras, não percebeu foi o texto. Há quem desculpabilize o licenciamento apressado do outlet com a justificação de que os ministros gostam de deixar obra. Até aqui, tudo bem. O que não percebo é que a um ministro do ambiente sirva este argumento para justificar o licenciamento de um outlet. Só isto.
Se fosse para acabar com as lixeiras já se compreenderia a pressa.
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