1) Muito silêncio em redor da colagem de Cavaco Siva ao discurso de Manuela Ferreira Leite: o endividamento, "falar verdade" ( a primeira aposta de MFL depois de ter ganho as directas), escrutínio rigoroso dos investimentos públicos, etc. É natural. Com os analistas e os jornalistas ( uma espécie de binómio cinotécnico em versão palavrosa) quase unânimes em considerar o discurso de MFL vazio e despropositado ,ser-lhes-ia agora impossível emendar a mão.
2) Numa sociedade de matriz patriarcal, ruralizada e católica ( a marca de água dos 700.000 funcionários públicos do centrão oscilante que decide as eleições), votar numa mulher é difícil. Ainda para mais quando essa mulher não nasceu do laboratório da esquerda gira e sólida como um balão. Por outro lado, o apelo do chefe, de quem já lá está, é muito forte.
3) Deve-se no entanto sublinhar que circunstâncias execpcionais produzem mudanças regulares. É assim nas nossas vidas quando descobrimos fraquezas ou forças insuspeitas. A crise poderá obrigar as pessoas a ponderar sobre o caminho a escolher. Mais por instinto do que por hábito.
falar verdade, endividamento, escrutínio rigoroso dos investimentos públicos? caro bloguer não se incomode tanto,então não se lembra... figueira da foz, palmeiras na praia, tunel do marquês, frank Gerry...eheheheheh
Bem visto. Também dei pela mesma estranha “distracção” dos queridos media que os levou, excepcionalmente, a não reservarem ao discurso do PR os epítetos que a simetria impunha (era a época das festas, que diabo).
Devia ser divertido ler-lhes os rascunhos (os que vão parar à reciclagem).
O problema de MFL não tem sido não falar verdade. Tem sido apenas - não falar. Certamente, digo eu, por não ter mais nada a dizer além do que tem dito o governo.
E o que mais me perturba é que são maioritariamente as mulheres que antipatizam com MFL. Como é que as senhoras, com o proverbial sexto sentido, se deixam enganar tão descaradamente? Será que temos aqui a prova de que as vítimas de preconceito são naturalmente os maiores preconceituosos?
Núncio, será?... As mulheres não (verdadeiramente) emancipadas não perdoam um excessozinho de protagonismo umas às outras, é um facto. Chegam a ser castigadoras. Mas com MFL, antes fosse uma questão de género... (ou será que então foi mesmo por isso que a Hillary Clinton não ganhou?)
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