Mar Salgado

segunda-feira, janeiro 5:

ESPECIALISTAS:

A julgar pela capacidade que têm em se autodestruir ( agora saiu o Filipe Moura), se estes moços fossem para a polícia acabavam com a tal organização num ápice.
No entretanto tentam lançar as bases para uma salada grega. Boa sorte.


Adenda: o post inicial foi apagado e o João Branco explica porquê . Só ficou bem ao autor reconhecer que o texto inicial não era bom.

 

posted by FNV on 2:29 da tarde #

Comments:

Olhe que o link não funciona. Será que o post foi apagado?

# posted by  James Harris : 7:08 da tarde

 

Dá erro sim!
:))

# posted by  mdsol : 9:57 da tarde

 

Ora viva!
Pode crer que poucas coisas me daria mais prazer do que ver o fim da polícia e se por milagre (ou desastre, dependendo da perspectiva) pudesse dissolvê-la por decreto, pode crer que o faria. Entrentanto, posso ir sonhando e dando a minha opinião

A vaca fria: realmente o post foi muito infeliz, misturei muita coisa, sem fazer uma introdução a cada uma. Regresso de férias, café a mais, desabituação, parvoíce momentânea, não sei.
Se tivesse sido escrita no meu blogue pessoal, onde há já uma linha de raciocínio com exemplos que pode ser seguida, teria resultado melhor. Bem, penso que o melhor que posso fazer agora é pedir desculpa por aquilo e começar a explicar melhor, com menos ruído.

Peço-lhe que vá ficando atento.

Há ali 4 pontos em que eu queria tocar (darão 4 posts):
- O comportamento da polícia portuguesa em relação a armas de fogo (é mais que sabido do seu dedo leve no gatilho)
- A impavidez e resignação do povo português relativamente a mortes causadas pela polícia.
- A vida humana como mais importante que qualquer outra lei.
- Finalmente, a parte que mais me põe na mira da epitetização "extrema" (os de esquerda chamam-me de extrema direita, os de direita chamam-me de extrema esquerda): o facto de eu não ver na polícia maior legitimidade para matar do que a qualquer outro cidadão.

Em relação ao primeiro pode ir aquecendo:

"Às vezes é melhor deixar os suspeitos escapar"

Ainda em relação à morte de um miúdo de 14 anos por balas da PSP, vale a pena recordar esta entrevista de há pouco mais que um ano.

"Há por aí muita cowboyada de filmes americanos na mentalidade de alguns polícias [...] As forças policiais devem ter consciência que as perseguições policiais criam uma adrenalina própria e geram muitas vezes asneira. Temos tido a esse nível casos recorrentes. Mas a repetição de casos isolados preocupa-me.", avisava, preocupado, Clemente Lima, Inspector- Geral da Administração Interna.


Finalmente, foi o Filipe Moura que me convidou para o blogue. Tem uma posição política quase oposta à minha mas tenho muita pena que tenha saído porque partilha comigo premissas básicas sobre ética, moral, respeito pela opinião do outro e racionalidade na discussão. Era, junto com o Luís Rainha, quem eu mais gostava de ler no 5dias. Foi ele que me apresentou o mar salgado.

Cumprimentos.

# posted by  João Branco (JORB) : 3:27 da tarde

 

Caro João,


Não sei ee a primeira tese é válida, as outras parecem-me acertadas.
O caso concreto do tal miúdo é que é bicudo.Sei lá se o mangano tinha uma arma que apontou ao polícia? Nesse caso o polícia pode ter tentado disparar para as pernas, não sei.
Fiz tiro de pistola nas FA e aquilo é muito difícil.
Um polícia não tem mais direito a matar do que qualquer outro cidadão, isso é certíssimo.

# posted by  FNV : 5:10 da tarde

 

O caso concreto do tal miúdo é que é bicudo.Sei lá se o mangano tinha uma arma que apontou ao polícia? Nesse caso o polícia pode ter tentado disparar para as pernas, não sei.

Acho que foi aí que entrou a minha azia. É que eu já vi a polícia faltar à verdade tantas vezes nos comunicados de imprensa (e este parece tanto ser um copy-paste de outros tantos) que parti para a discussão assumindo que essa versão é falsa. Por exemplo, este Verão quando a GNR matou uma criança num carro em fuga a versão inicial da polícia era que o agente tinha disparado para os pneus para evitar ser atropelado, e quando se apurou a verdade soube-se que o carro já estava a afastar-se e em fuga quando o agente fez os disparos, 3 dos quais atingiram a criança. E depois repare que parece extremamente improvável: a polícia alegadamente identifica-se, avisa, é posta debaixo de fogo, e depois de esgotados todos os meios devolve o fogo? Sendo que os suspeitos estavam em fuga, parece-me haver aqui contradição. Seria mesmo impossível tomar uma acção que cumprisse a primeira premissa do procedimento policial: salvaguardar as vidas de todos os envolvidos? Mais, repare que essa versão é a dos alegados homicidas, ou seja, é natural suspeitar que seja tendenciosa.
Dito isto, apesar disso vejo que devia ter dado algum benefício da dúvida e assumir a hipótese da versão ser verdadeira.

Um polícia não tem mais direito a matar do que qualquer outro cidadão, isso é certíssimo.

Nem sabe como me satisfaz saber que há quem pense assim. Quando escrevi o post tinha estado a ler os comentários no Público e no Sol que me fizeram crer que essa opinião não é maioritária.

# posted by  João Branco (JORB) : 5:59 da tarde

 

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