Pelo que tenho lido, estou numa posição desconfortável: os pró-Sócrates acusam-me de desvio populista, os anti-Sócrates dizem que sou , na melhor das hipóteses, um anjinho. O que eu sou é um tipo simples: uma república não pode ser governada pelos tipos que fazem as fotocópias nos tribunais e nas polícias nem pelos jornalistas que conhecem e pagam a esses tipos. Parafraseando o grande Almirante Pinheiro de Azevedo - o único candidato presidencial que fez campanha numa cama de hospital : não gosto de ser enrabado. É uma mania.
Filipe, desculpa (aqui também se trabalha até tarde, malditos prazos), mas, apenas para rigor histórico, o que ele não gostava mesmo era que o sequestrassem. Era uma coisa que o chateava. Deviam chatear ambas, claro está, mas a do registo histórico era a do o sequestro.
como é que num pais com tanta história, com tanto talento, com tanta cultura, deixaram chegar as coisas a este ponto?
(...) «Se esse relatório é tão bom, é tão credível e merece tanta confiança porque teve necessidade de mentir, dizendo que pertence à OCDE, quando não pertence?», questionou.
«Os senhores não suportam o sucesso do país, os senhores estão contra o sucesso do país (...) Têm apenas ciúmes e inveja», acusou Sócrates. (...)
como é que ninguém, naquela assembleia dos 'escolhidos', consegue dar cabo deste tipo de argumentação e o único que o grande palerma sem talento, sem história e sem cultura, consegue utilizar?
Eu também desconfio de muitas coisas, e todos sabemos como funciona este país: os favores, as cunhas e os subornos são instituições nacionais. Que está mal, está (e enojam-me algumas defesas despudoradas de Sócrates que tenho lido), mas fico mais preocupado com o surgimento deste assunto na proximidade de eleições. A possibilidade de termos uma justiça instrumentalizada pelos timings políticos (já nem falo do jornalismo...) é muito mais grave e afecta de forma negativa muito mais directa o sistema democrático do que qualquer suborno.
Por que será que ninguém fala, neste blogue, tão opinativo da entrevista do Prof. Freitas do Amaral, de ontem?
CAMPANHA NEGRA e RAIVA ao PM, foi afirmado. O que é óbvio. O JPP, numa "Quadratura" qualquer, já lhe chamou "sinistro"; não disfarça a animosidade raivosa que tem a Sócrates. Aliás, JPP, no mesmo 0prorograma está sempre a interromper o Costa (método desonesto) não o deixando concluir uma ideia. Mas, quando fala Lobo Xavier ou o próprio Pacheco, ninguém os interrompe.
Os locutores entrevistadores das SICS do Sr. Balsemão são de uma insolência agressiva a roçar a má educação. Isso viu-se na última entrevistas ao PM.
O Profe Marcelo "que ouvi eu, apoiar Bush, na Guerra do Iraque, tal como JPP) vem falar em "chamuscado"??? Um comentador PSD, armado em IMPARCIAL?
Uma mediocridade política, e baça ronha argumentativa, assola toda a Oposição.Basta só ver como eles estão de acordo: desde o CDS/PP até ao BE.
FNV: você tem razão, eles andam nervosos;) O raciocínio, outrora desemxovalhado, tolda-se-lhes. Quanto a Freitas do Amaral - eu vi atentamente a entrevista, depois de tomar 2 guronsans preventivos - discordo de JPP. Ele não é sinistro. É patético. Perdoa-se a inocência de quem o aplaude, posto que talvez nascesse... huuummmmm, digamos, depois do 25 de Abril (já deve ser suficiente a retro-acção...)
Ó Logros, só posso falar por mim mas imagino que não se fale aqui muito da entrevista do Sr. Prof. Freitas do Amaral por respeito pela idade, pois aquilo foi confrangedor e triste. E os argumentos infantis, para além de serem contra o que o próprio, um cientista do Direito, defendeu juridicamente em escrito publicado, conforme Paulo Rangel demonstrou ainda hoja na SIC. Portanto não vale a pena falar disso, vamos tomar a posição como uma demonstração de amizade desculpável, um tio ou um primo que lhe pediu para dar uma mãozinha ao Sócrates, uma debilidade fraterna. Bolas, o Prof. Freitas não cometeu nenhum pecado, não licenciou coisa alguma de forma esquisita, apenas defendeu um amigo. Contra o que cientificamente tinha escrito, mas pronto.
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