Concordo, meu querido Filipe, com quase tudo o que escreves a propósito da qualidade do ar, sempre assim considerei as coisas e entendo que os políticos sérios assim deveriam fazer. E defendo também a presunção de inocência. Acontece que largos sectores da esquerda portuguesa, de entre políticos, comentadores, jornalistas e bloguistas, por muito menos cavalgaram a onda em marés muito mais calmas, bandeirinhas verdinhas, mar chão e sem poluição alguma. No combate político, seria uma enorme desigualdade de armas, completamente injustificada, se um sector não comentasse uma situação que é, no mínimo, estranhíssima e repleta de coincidências inverosímeis, quando o lado de lá, por julgar sentir um leve cheiro a fritos, manda logo vir o livro de reclamações e reclama a intervenção da ASAE para fechar o tasco onde até se comia jeitosinho. Ora ou há moralidade ou comem todos, já dizia o sapateiro no filme. Acontece ainda, para agravar a situação da qualidade do ar, que, por onde passa o PM, o ar fica insalubre, nauseabundo. É uma chatice, pode ser um conjunto de coincidências irritante, um azar de Calimero, o que seja! Mas que o ar fica nauseabundo... fica. Daí que seja natural comentar o estranho odor e indagar de onde vem este cheiro - "quem foi?" -, e se justifique ainda que alguém vá fiscalizar a qualidade do ar. Talvez o próprio Ministério do Ambiente, dizem que às vezes é rapidinho...
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