Julgo que é em A Capital que Eça de Queiroz goza um desgraçado arvorado em escritor que pinta de cor impossível a roupa interior de uma senhora da sociedade. O desgraçado, enxovalhado por todos, mete as mãos pelos pés e sai de rabinho entre as pernas, com o seu escrito debaixo do braço, vexado e humilhado, tomado por um ignorantão.
Passam-se os anos, as décadas, os séculos (até a China passa, já que se recorda Eça) e os desgraçados ignorantões continuam à solta, soltando disparates sem o mínimo rigor histórico, sem respeito pelos costumes ou pelas épocas. Os responsáveis pela suposta Vida Privada de Salazar já tiveram de vir a terreiro confessar que aquilo é ficção e irreal. Pois só pode. Passa pela cabeça de alguém que, naquela época, aquela concreta personagem fosse beijar uma senhora... de chapéu na cabeça?!?
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