Gostamos dos outros, dos que não são nossos nem deles. Dos que são sempre Jornalistas e sabem bem o que isso implica, não os políticos falhados ou em fase de travessia do deserto que fingem que fazem jornalismo.
Ontem o "Público" trazia na 1´ª página, ao fundo, uma pequena notícia em letras magras sobre o Congresso do PS. Mas, tinha feito, em edição anterior umas letras gordas, a toda a largura, com "Sócrates convida Chavéz para o Congresso". Afinal, isto é informação? Os convidados é que são importantes? Isto não é igual à "Nova Gente" ou à "Maria"? Isto é a completa desfaçatez e avacalhamento de critérios e proporcionalidade.Nem as sopeiras e trolhas mais analfabetos, do antigamente, tinham tão desajustada coerência. Que esses até tinham desculpa. Quanto à pestilenta TVI, que "arejou" o país com postemas amorangadas e montou big-shows com gente enclausurada a venderinfra-humanos tiques, para a família toda, da vóvó ao neto, tudo é de esperar. Essa gente é exacrável. Pena andar lá o "Equador" a dar um bocadito de credibilidade aquela choldra.
O Mário Crespo é um jornalista muito bom a noticiar factos mas que é um desastre a opinar. E é óbvio que detesta Sócrates. Mas não é imparcial. Recordo-lhe duas situações: - no episódio da luta entre uma aluna e uma professora por causa de um telemóvel ele fez uma coluna inflamada a pedir a demissão imediata da Ministra atendendo à gravidade dos factos. Quanto ao Freeport, fez uma figura tão ridicula na entrevista a Pedro Silva Pereira ("mas o tio é tio ou não ?", que o deixou a falar sozinho durante cinco minutos, incapaz de formular a pergunta, que ainda mais raivoso ficou contra o Governo. Mas continuo a achar que se limitar ao papel de pivot é um dos melhores do País. A anos luz da Senhora que faz aquele espectáculo decadente na TVI.
Mas, ainda não percebeu que eu não alinho em rebanhos? Aprendi a pensar, depois de "honesto estudo" (Camões), pela minha própria cabeça.Por isso não simpatizo com o Daniel Oliveira.É demasiado sectário, para meu gosto. Apesar dele ser filho de um grande poeta português, que muito admiro: o Herberto Helder. Este poeta recusou o "Prémio Pessoa", mais o considerável "bago" correspondente,à época, só para não aturar entrevistas parvas e outras consagrações dromedárias. Como o entendo! Ao contrário do que dizia ´Álvaro de Campos (não ´~e político nem futebolista)...ainda "há gente no mundo".
“Mas o tio é tio ou não?”, naquela situação e perante as respostas que eram dadas, é uma pergunta de um humor tão refinado que não está, realmente, ao alcance de qualquer um...
Acho piada: Jerónimo considera que uma pessoa é um "desastre a opinar" apenas porque não concorda com as opiniões do opinador. Excelente conceito de liberdade, esse...
Uma coisa é ter opiniões diferentes, nascidas de perspectivas distintas. Outra são as posições exageradas e demagógicas, porque desligadas da realidade. Aceitar o argumento de Mario Crespo para pedir a demissão da Ministra, como consequência do episódio do telemóvel, significaria tão só que nenhum Ministro da Educação poderia exercer o cargo, já que casos de indisciplina vão sempre existir. Isto é o que considero um desastre. E não tem nada a ver com divergências políticas.
Toda a gente sabe que o Dr. Crespo é um caso de absoluto ataque ao governo, legítimamente eleito pela nação. Evidente que deve ter um lobby que o protege. Até já passou a coilunista... Não esquecerá a perseguição "informativa" que ele personificou contra Correia de Campos, com velhinhos que caíam das macas, nas urgências, todos os dias, criancinhas-mártir que morriam sem assistênciancia..enfim, uma maquiavélica campanha contra um bom e competente ministro. É preciso ser muito sofista, para não dizer coisa mais feia, para não admitir estas realidades.
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