Na loja de sexo um vibrador fala ao microfone. Solteiras para a esquerda, divorciadas para todo o lado. As casadas tiram senha e sentam-se no penico. A televisão explica. Ritmo, senhoras, ritmo. Já chove e as letras diluem-se. Chega uma pastora. Traz bilhas de leite. Antigo e bom.
Este texto fez-me lembrar um programa duma senhora Crawford, na TVI24.Será descendente da Joan Crawford? Uma coisa com vibradores, bolas chinesas e até um puto a perguntar, pelo telefone, se existia orgasmo anal... Mas, o que mais redutor parecia era o maquinal de tudo aquilo: mão ali, titilação acolá,movimento de vai-e-vem. O grande, enorme continente da imaginação, da mente, das reminiscências, estava ausente. Simples e porreiro: mão aqui, titilação acolá... Nem um terno "espera aí um bocadinho/que estou quase a ficar louco" do cantautor Sérgio Godinho.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.