O que se está a passar
na Guiné Bissau é conhecido:
há muito tempo. Durante anos publiquei aqui, no
Mar Salgado ( fiz um resumo num número da extinta "
Atlântico"), vários textos sobre os novos eixos do narcotráfico, sobretudo o que envolve a chamada África Ocidental ( designação colonialista...).
Muito provavelmente o que se passou foi uma limpeza semelhante à que envolveu a ascenção dos carteis de Arellano-Félix e Zambada Garcia no México: quando os
locais não se entendem - e estragam o negócio - chegam os profissionais. A Guiné não enriquecerá - como não enriqueceram o norte do México, o Tadjiquistão e o Uzbequistão - porque as zonas francas de passagem da droga não geram lucros ( ao contrário das zonas de produção). São escolhidas precisamente pelo seu baixo custo de corrupção local.